Sou de curtas... aventuras rápidas
Dei-me conta que sou de aventuras breves. De aventuras que se sabe que têm um fim e que são boas enquanto duram. Sou daquelas rápidas, que se tem prazer enquanto se vive, mas também entusiasmo por aquilo que ainda há por vir. Dei-me conta que gosto de mudanças, de experimentar coisas diferentes. Não dói partir para uma aventura com data marcada de ida e volta. Ao longo do meu percurso sempre tive aventuras curtas, de três meses, de seis meses, de quatro anos... Vivia-as intensamente, e despedi-me delas com a mesma intensidade, já com um pé naquilo que me esperava.
As aventuras longas, demoradas, vagarosas têm mesmo de valer muito a pena. Têm de ter mais alegria do que aquela que poderia ter outra aventura concorrente. É preciso que haja vantagens que nos prendam a uma aventura que se prolonga no tempo.
Hoje vivo uma aventura longa... com muita vontade de viver as curtas... mas sobretudo de voltar ao ninho, aquele que nos dá abrigo, dá colo, dá consolo... sempre que precisamos, estejamos de volta de uma aventura rápida ou demorada.
Foto: Ana Filipa Oliveira 05/2012 |
Fiz cerca de três meses de voluntariado em Angola, estudei um semestre em França e conclui a minha licenciatura de quatro anos na Covilhã - longe de casa. Foram aventuras com data marcada. Há setes anos que vivo na Alemanha e esta aventura... não tem data limite. Vibro com a ideia de viver ainda noutro país... mas sobretudo tenho muitas saudades de voar para os braços da minha terra mãe...
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