Olá caríssimos. Que é feito? Bom, hoje começo com uma pergunta: acreditam mesmo que podemos viver sozinhos em comunidade? Qual o propósito das inúmeras profissões e serviços disponíveis aos cidadãos, se não ajudarem-se mutuamente a atingir um objetivo comum? Uma casa não se ergue só com o trabalho de um pedreiro. Não, não, é preciso uma combinação de competências, materiais, pessoas, motivações e condições que potenciam de forma eficaz a edificação e término da obra.
Ora se assim é no mundo real, porque carga de
água haveria de ser diferente no mundo virtual? Certas distinções devem ser
feitas obviamente, contudo, também do outro lado do écran mais se pode
construir por meio de parcerias.
Diferentes Tipos de Parcerias
Este post por exemplo, nasceu da vontade de
duas bloggers com passados e histórias divergentes, quererem trazer novas
perspetivas aos seus respetivos “cantinhos”. A esta simples interação se dá
o nome de – Guest Post (uma texto escrito por um convidado, que apresenta uma
opinião própria sobre qualquer tema por norma previamente acordado entre ambos).
Após a publicação dos posts, e com os devidos créditos atribuídos, cada blog
ganha agora todo um novo grupo alvo que potencialmente irá começar a segui-lo
também.
Sinceramente, têm noção da diversidade de
parcerias que se podem realizar virtualmente? Na blogoesfera, ainda se vai
notando algum pretensiosismo relativamente a este tema. Por um lado, nem toda a
gente nos vê como fontes credíveis de publicidade consequência dos
açambarcadores que publicitam tudo e todos sem grande critério, por outro
porque alguns bloggers temem perder seguidores ao mostrar aos seus que há mais
Marias no Mundo, que é como quem diz, há todo um sem fim de outras páginas que
podem seguir. Convenhamos pessoal, lá porque existem várias marcas de roupa não
quer dizer que não possamos comprar em todas. O melhor exemplo que me surge:
Grupo Inditex (Zara, Stradivarius, Bershka, Oysho, etc)., detentores de um
conjunto de marcas aparentemente concorrentes mas que numa segunda análise são
apenas ramos diferentes da mesma árvore, com públicos específicos os quais se
cruzam em busca da indumentária perfeita.
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Foto: Marta Sousa Pereira |
Em Conjunto
Há uns meses arquitetei uma parceria da qual
me orgulho aos montões! Juntei-me a uma grande amiga maquilhadora, uma loja de
roupa só com marcas nacionais, três aspirantes a modelos, uma fotógrafa e um
Museu. Como em qualquer guisado que se preze, cada um deu o seu contributo para
que no final todos ganhássemos algo – publicidade gratuita. Mas posso dizer-vos
que para mim foi muito mais do que isso: foi uma empreitada genial, que me deu
uma nova perspetiva sobre sessões fotográficas e moda, que me fez viajar no
tempo até ao Museu da minha infância, acima de tudo, que me ensinou muito e me
proporcionou uma tarde repleta de divertimento e aprendizagem. No final, cada
um publicou o resultado na sua respetiva página publicitando-se a si e aos
demais participantes.
Outra parceria que tenho, é com uma menina super amorosa que produz peças únicas, feitas à mão. Desde malas, bolsas, almofadas de praia e outros, ela cria as peças e em certas ocasiões já me enviou algumas para que eu pudesse usar, experimentar e até colocar num passatempo que fiz e em troca eu fotografo-as do ponto de vista do cliente e dando a minha opinião. E faço-o sempre que tenho oportunidade. Mesmo que já tenha a peça há algum tempo, se achar que naquele contexto resulta, publico uma foto e identifico-a.
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Passa o Tempo
Fazer passatempos é outra excelente forma de crescer na blogoesfera e, a meu ver, a que mais valoriza os nossos seguidores. O objetivo é ganhar novos leitores certo? Então vamos presenteá-los com produtos ou serviços que efetivamente gostemos, os quais porventura já tenhamos mencionado anteriormente, ou que acreditemos sejam de interesse para quem invariavelmente nos brinda com um pedaço do seu tempo, lendo os nossos devaneios e opiniões.A melhor forma de o fazer? Bom, certamente não haverá nenhuma fórmula mágica, quanto mais não seja porque uma das características inatas do ser humano é a preguiça logo, nem sempre temos o retorno esperado. Ainda assim, parece-me que devemos em primeiro lugar agradar aos que já partilham da nossa vida e da nossa pessoa, e então depois cruzar os dedinhos para que, numa espécie de retribuição divina, outros queiram igualmente vir fazer parte deste nosso Mundo.
Bastam então 3 elementos: três ou quatro parceiros com visões semelhantes e um intuito comum, cada qual disposto a fornecer um produto/serviço/valor apelativo; um conjunto de regras bem definidas e claras para que os potenciais concorrentes se sintam compelidos a participar; uma aplicação que vos facilite a tarefa de escolher o vencedor (random.org) aleatoriamente sem confusões ou enganos. No fim, todos ganharão: uns seguidores, outros publicidade e outros prémios.
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Foto: Marta Sousa Pereira |
Em Prol do Sucesso Comum
Em suma, está na altura de nos deixarmos de
falsos moralismos e arrogâncias juvenis quanto aos blogs e seus criadores. Como
em tudo na vida, há várias categorias e até os sem categoria, uns procuram
apenas fama ou dinheiro fácil (nada de errado aí), outros há que, ainda que com
uma intenção reprimida de ganhar dinheiro – porque o que fazemos também tem
valor e, à semelhança de qualquer outro trabalho, temos direito a querer uma
compensação que nos permita melhorar e progredir – são, mais que tudo, guiados pelo
prazer de exteriorizar ideias, emoções, opiniões e simples desabafos, em nome
de um dos mais importantes direitos que o ser humano adquiriu com o avançar dos
tempos: liberdade de expressão.
Posto isto vos incito: “emparelhem-se” mais em
prol de um crescimento e sucesso comunitários que se completam pela
individualidade e personalidade de cada um, ao invés de perpetuarem um rebanho
Kardashiano de personagens de costas viradas, baseado na falsidade e
estereótipos brejeiros.
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Foto: Marta Sousa Pereira |
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