Tarot: Abre as Portas do Subconsciente

Photo by Jack Hamilton on Unsplash

Sempre tive um fascínio por comunicar, quer usando linguagem verbal, como não verbal. Recordo-me de gostar desenvolver a minha intuição, observando as pessoas e descodificar os seus estados de alma, apenas pelos gestos. Para mim, não é estranho falar-se de termos como intuição, subconsciente... e acredito que temos vários modos de aceder a esses lados menos claros e palpáveis do nosso ser. As cartas são um deles.

Lembro-me bem de vir a descer uma calçada que nos leva do Campo de Santana (em Lisboa) à aquela rua que nos leva até ao Coliseu, e parar numa loja com produtos esotéricos e afins, e comprar um baralho, apenas por gostar de olhar para cada carta, e imaginar o que ela me diz a mim. Ou melhor dizendo, aquilo que ela traz à luz do meu subconsciente, com o poder da sua contemplação. É um baralho cigano, que tinha escrito numa papel impresso como se fosse numa impressora da nossa casa, Jogo de Cartas da Sorte.

Essa parte da Sorte não me interessa muito. Aliás é algo em que nem acredito. Acredito que há coincidências, mas que nenhuma delas é por acaso. Acredito, portanto, que a sorte é apenas um conjunto de eventos que ainda não temos compreensão para perceber, mas que não são ordem do acaso.

São 36 cartas baseadas no baralho que Mlle. Lenormand usava. Estão guardadas numa bolsa vermelha de tecido que a minha mãe gentilmente fez para eu as guardar. Nelas vemos imagens até bastante agradáveis e nada parecidas aos baralhos do tarot de Marselha. Também nelas aparecem desenhados os naipes das nossas habituais cartas de jogar.

Até há uns instantes estavam numa caixa arrumada na cave. Hoje tirei-lhes o pó e vou juntar a um outro baralho que tenho, este de Marselha, e enviar para alguém que neste momento vive o fascínio de um modo intenso, como eu já vive. Neste momento da minha vida, já não me faz sentido.

Esse outro baralho, o de Marselha, vem numa capa de plástico, onde há espaço para o dito conjunto de cartas e um livro explicativo com cerca de 210 páginas. Comprei-o na Fnac do Colombo, após uma visita à Quinta do Lobo em Sintra, para uma sessão de Tarot Xamânico. E antes de ir para o curso de Meditação de Yoga Sivananda. Isto em 2007, início de um ciclo de profundidade na conexão com o meu Ser. Li-o no carro, enquanto fazia tempo no parque de estacionamento.

O que mais me surpreendo na leitura deste livro foi a história rica do tarot e tomá-lo como veículo de comunicação consigo e sobre si mesmo. Encaro o tarot como uma arte de comunicar, mas não de adivinhar. Para mim é uma ferramenta no caminho da transformação, que me fez sentido nessa altura. Agora já não tenho uma ligação a esse instrumento de auto desenvolvimento, se assim o quisermos apelidar.

Actualmente acredito que podemos aceder ao nosso subconsciente sem recursos ao exterior, seja cartas, pêndulos ou outras ferramentas. E prefiro viver sem eles. Por isso também me decidi libertar destes baralhos. E deixá-los ir para onde fazem mais sentido, e podem ser mais úteis, do que na escuridão da minha cave.

Gostava muito que partilhasses comigo a tua visão sobre este tema. Deixa aqui em baixo, na caixa de comentários, a tua opinião. Todas são bem recebidas.

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