Da Aldeia para o Globo: Sem Fronteiras
Esta foto foi tirada por uma portuguesa emigrada na Alemanha com um telemóvel da Coreia do Sul, nas ruínas de Devín na Eslováquia. Isto numa viagem pelos países do leste europeu, num carro japonês, realizada por uma família de quatro portugueses, um deles nascido em Toronto e outro em Düsseldorf. Isto chama-se globalização. E seria possível a globalização sem tecnologia? Estará uma coisa ligada à outra? Penso e sinto que sim.
No Meu Tempo era Assim
Quando o mundo era mais pequeno; quando o mundo era uma aldeia - mas ainda longe de ser global; quando ainda se usava rolo nas máquinas fotográficas e era cara a revelação; quando telefonar era coisa para telefones e tirar fotografias coisa para máquinas fotográficas; quando o telefonar era coisa cara e só se usava o telefone para emergências – isto quando se tinha; quando carro era luxo para alguns, e era para voltas curtas ou longas, mas no seu país; quando a família era toda nascida no mesmo país e às vezes até na mesma cidade; quando deixar o campo para ir tentar a sua vida na cidade, na capital, era um passo gigante; quando o mundo era assim, havia menos tecnologia e, talvez por isso, menos globalização.Os limites do nosso mundo, antes da explosão tecnológica e do fácil acesso a ela, eram mais curtos. Não existiam janelas para lá do nosso mundo.
Já nos Dias de Hoje
Hoje, com a internet e com os vários modos de nos ligarmos a ela, podemos conhecer tudo, perto e longe, apenas com um simples clique. Hoje sabemos que existem mais possibilidades para além daquelas que existem aqui, perto, no nosso mundo, na nossa aldeia.Hoje, com os telemóveis, com os carros, com a internet... as fronteiras caíram por terra. E nem mesmo as fronteiras reais, que delimitam países, se tornam obstáculo a conhecermos o que está longe e a visitarmos aquilo que parecia tão distante.
Na Prática, Como É?
Por estes dias, estou com a minha família, constituída por marido e dois filhos, um de 12 e uma de quase 2, a viajar dentro de um compacto mas espaçoso Honda Jazz, pelos países do leste europeu. Escrevo, neste momento, do apart-hotel que reservámos através de uma empresa online e publico as fotografias que tiro com o meu Samsung ao longo da viagem em plataformas na rede. O meu marido nasceu no Canadá, a minha filha na Alemanha, onde moramos.Sabemos, como cidadãos do mundo, como a tecnologia nos permite vê-lo com uma aldeia global, e explorá-lo desse modo. E, como emigrantes, temos presente no nosso dia a dia, como a tecnologia nos mantém ligados às raízes. Através da tecnologia os limites ampliam-se até ao global, mas nunca deixando de estar ligados à aldeia que nos viu nascer.
Sobre o projeto A Cultura Mora Aqui
Criado pela Ju, do blog Cor Sem Fim, o projeto A Cultura Mora Aqui - ou ACMA, para abreviar - tenciona, tal como tenho vindo a referir nos meses anteriores, trazer a cultura de volta à internet com temas mensais ou bimestrais. Para participarem, só têm de enviar um e-mail com os vossos dados para acma.cultura@gmail.com - aproveito para repetir que não vamos falar sobre outfits, maquilhagem, moda, etc, e que qualquer um de vós pode participar, não sendo obrigatório fazê-lo todos os meses. Para não perderem nenhum post, já podem seguir a página do ACMA no facebook e a Revista.
4 comentários
Adorei este post!
ResponderEliminarDe facto és uma Mulher do mundo!
Beijinhos e continuação de boa viagem!
Fico feliz que tenhas gostado bastante deste post. Foi uma inspiração do momento que estávamos a viver: desvendar mundos novos. :-)
EliminarAgora já escrevo directamente de la maison.
sou uma pessoa muito saudosista, apesar de só ter 20 anos e de apreciar alguns aspetos do mundo tecnológico em que vivemos atualmente tenho imensas saudades desses tempos!
ResponderEliminarbeijinhos :) https://ratsonthemoon.blogspot.pt/
É bom inovar sem deixar de ter os pés assentes na terra e o coração bem alimentado.
EliminarBeijinhos