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Bate as Asas e Voa para Lá do Ninho
Estamos no tempo
de procurar o conforto do lar, o conforto do quente, o conforto do interior: assim nos pede o tempo frio e cinzento
próprio do Outono.
Também nas etapas da vida em que o tempo é de transição, o apelo interior é para vivê-las de um modo confortável, chama-nos a ficar presos ao conhecido, ao provável, ao possível, ao que não incomoda, ao que não desafia...
De certo que já passaste por momentos na vida que tiveste de dar um passo em frente, sem
saber se as escadas tinham três degraus ou trinta, se os músculos iam doer no final da subida. Mas foste. Ganhaste
fôlego e lá foste tu. Pé ante pé subiste cada etapa até celebrares a vitória de chegares e agarrares o teu objectivo,
alcançares outro patamar.
Eu recordo-me de alguns desses momentos. Talvez tu te identifiques com eles, ou se calhar tens outros bem diferentes, mas a sensação... a do desconforto do desconhecido e o entusiasmo de o ultrapassar, deve ser comum. Concordas?
O dia de que tanto se fala quando se aproximam os seis anos. O dia em que deixamos o aconchego do colo da educadora do jardim de infância, e que nos é apresentada a sala, onde iremos aprender tantas coisas novas. Começando pelo nome dos mais de vinte colegas, das funcionárias e das professoras, passando pelas letras, os números e tanto, tanto mais... novas rotinas, novas exigências...
Da Escola Preparatória ao Mercado de Trabalho(s)
E depois a ida para a Preparatória e a mudança para a Secundária. No meio, a troca de turma da de tarde para a da manhã, a entrada na Universidade, a mudança de cidade - viver sozinha a 300 km de casa, entre estudantes vindos de tantos lados do país, com costumes, hábitos e linguagens diferentes... e as praxes... e seis meses de Erasmus noutro país, com outros colegas, com outra cultura, com outra língua... e por fim a saída para o mercado de trabalho... ou dos estágios, do voluntariado, e talvez dos trabalhos, onde nos temos de adaptar a pessoas, a locais, a procedimentos, a programas, a transportes, a horários... e voltar a fazê-lo... e outra vez... e mais uma vez...
Voluntariado noutro Continente
A saída do país para outro continente em meses de voluntariado, distantes do povo e da cultura onde nascemos e nos desenvolvemos, procurando integrar-nos e dar o nosso melhor, apesar do receio de não sermos capazes, de não sabermos como iremos chegar ao outro - dentro das nossas diferenças... e a seguir o regresso ao conhecido, a casa, ao ninho, ao lar que parece que já não é o mesmo e que nos faz falta o que deixámos lá no outro lado.
Emigração
E mais uma saída, esta sem data prevista de regresso. Viver noutro país com a família entretanto já formada. Com a viagem carrega-se na bagagem o receio de não nos conseguirmos expressar como na língua materna, que o outro não nos aceite bem, que não sejamos compreendidos, que se riam de nós... que soframos. E com a emigração vem a construção de uma nova rede de amigos, que primeiro começam por ser desconhecidos. E do que iremos falar? Como começar a conversa? E o que irão pensar se dissermos isto ou fizermos aquilo?
Também nas etapas da vida em que o tempo é de transição, o apelo interior é para vivê-las de um modo confortável, chama-nos a ficar presos ao conhecido, ao provável, ao possível, ao que não incomoda, ao que não desafia...
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Eu recordo-me de alguns desses momentos. Talvez tu te identifiques com eles, ou se calhar tens outros bem diferentes, mas a sensação... a do desconforto do desconhecido e o entusiasmo de o ultrapassar, deve ser comum. Concordas?
Preparação para Lá do Ninho (do Confortável)
Entrada na Escola PrimáriaO dia de que tanto se fala quando se aproximam os seis anos. O dia em que deixamos o aconchego do colo da educadora do jardim de infância, e que nos é apresentada a sala, onde iremos aprender tantas coisas novas. Começando pelo nome dos mais de vinte colegas, das funcionárias e das professoras, passando pelas letras, os números e tanto, tanto mais... novas rotinas, novas exigências...
Da Escola Preparatória ao Mercado de Trabalho(s)
E depois a ida para a Preparatória e a mudança para a Secundária. No meio, a troca de turma da de tarde para a da manhã, a entrada na Universidade, a mudança de cidade - viver sozinha a 300 km de casa, entre estudantes vindos de tantos lados do país, com costumes, hábitos e linguagens diferentes... e as praxes... e seis meses de Erasmus noutro país, com outros colegas, com outra cultura, com outra língua... e por fim a saída para o mercado de trabalho... ou dos estágios, do voluntariado, e talvez dos trabalhos, onde nos temos de adaptar a pessoas, a locais, a procedimentos, a programas, a transportes, a horários... e voltar a fazê-lo... e outra vez... e mais uma vez...
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Voluntariado noutro Continente
A saída do país para outro continente em meses de voluntariado, distantes do povo e da cultura onde nascemos e nos desenvolvemos, procurando integrar-nos e dar o nosso melhor, apesar do receio de não sermos capazes, de não sabermos como iremos chegar ao outro - dentro das nossas diferenças... e a seguir o regresso ao conhecido, a casa, ao ninho, ao lar que parece que já não é o mesmo e que nos faz falta o que deixámos lá no outro lado.
Emigração
E mais uma saída, esta sem data prevista de regresso. Viver noutro país com a família entretanto já formada. Com a viagem carrega-se na bagagem o receio de não nos conseguirmos expressar como na língua materna, que o outro não nos aceite bem, que não sejamos compreendidos, que se riam de nós... que soframos. E com a emigração vem a construção de uma nova rede de amigos, que primeiro começam por ser desconhecidos. E do que iremos falar? Como começar a conversa? E o que irão pensar se dissermos isto ou fizermos aquilo?
O voo para a Expansão (para lá do Confortável)
Sair da nossa
zona de conforto leva-nos a alargar horizontes, a expandir os nossos limites, a
inovar. Ao longo da nossa vida somos levados até esses momentos, os momentos de largar o que
nos é ameno, suave, com cheiro a ninho e a colo. E, numa primeira fase, talvez doa... só de medo, ou mesmo de
verdade. Mas depois de abrirmos asas e voarmos, largando a protecção do que nos é familiar, ganhamos em força,
em auto-estima... e somos em altitude.
Hoje - só por hoje - faz algo que te desafie, que seja diferente do que é habitual. Abre as asas e voa para lá do ninho! Alarga os teus horizonte!
Esta é a minha primeira colaboração no ACMA - A Cultura Mora Aqui, cujo tema deste mês é: Conforto. Se gostaram do texto e quiserem juntar-se ao projecto ACMA, é só mandarem um mail para acma.cultura@gmail.com .
Hoje - só por hoje - faz algo que te desafie, que seja diferente do que é habitual. Abre as asas e voa para lá do ninho! Alarga os teus horizonte!
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Esta é a minha primeira colaboração no ACMA - A Cultura Mora Aqui, cujo tema deste mês é: Conforto. Se gostaram do texto e quiserem juntar-se ao projecto ACMA, é só mandarem um mail para acma.cultura@gmail.com .
1 comentários
Fico feliz com o seu comentário!
ResponderEliminarMuito bem vinda a este blog! E ao projecto.